11.08.2010

Bebês humanos criados por animais

Natasha, a menina-cachorro siberiana

Embora a maioria dos casos de crianças selvagens não passe de mito, o caso das meninas-cachorro é bem real e mostra como a falta de estímulos e interação com os pais pode afetar  a inteligência dos bebês.  A história da menina russa Natasha, que convivia o dia todo somente com cães e gatos, chocou o mundo. Natasha jamais havia saído do pequeno apartamento, e ficava o dia todo privada da companhia de humanos, sendo, praticamente criada pelos animais. Como consequencia, ela  caminha de quatro, apoiada sobre os joelhos e mãos, põe a língua para fora, como um cachorro, rosna, uiva e não fala nada. Sua inteligência está muito aquém do que seria esperado para a sua idade.
Igualmente triste foi a situação da ucraniana Oxana Malaya, que aos 3 anos de idade, foi deixada a viver no canil da casa onde morava. Ela dormia, brincava e se alimentava com os cães. Quando foi encontrada, aos 8 anos, não falava, não andava ereta, só comia carne crua e era incapaz de demonstrar afeição. Hoje, aos 25 anos, vive numa clínica para doentes mentais, pois não é mais inteligente que uma criança de 4 anos. Seu caso ganhou notoriedade internacional após ser tema de um documentário do Discovery Channel, Feral Children. O National Geographic também exibiu uma reportagem intitulada Wild Child: The story of feral children.
Oxana Malaya: caso mais famoso de menina-cachorro

Em março do ano passado, Madina, outra menina-cachoro, foi descoberta - curiosamente também na Rússia -   em condições muito semelhantes às da menina Natasha.  Madina rosnava, latia, não falava, e só andava de quatro. As únicas palavras que conhecia eram sim e não. O mais engraçado é que quando os políciais, após uma denúncia, levaram a menina, a mãe protestou, dizendo que cuidava bem da filha. Mas, segundo o jornal Daily Mail, ela nunca recebera carinho, nem cuidados, exceto dos cães, que a criaram.

 Madina, outra menina russa criada por cães

As crianças aprendem o que vivenciam, isto é um fato.
Quanto mais estímulos uma criancinha recebe, mais inteligente será. Quanto menos estímulos, menos inteligente.
Sem dúvida, o caso das "meninas-cachorro" confirma o que os cientistas já diziam  há muito: as funções cerebrais se desenvolvem mediante estímulos e oportunidades. Infelizmente, ainda há aqueles que acham que os pais não precisam se preocupar em estimular a visão, a audição, o engatinhar, o andar, o correr do bebê, pois essas funções, dizem, ocorrerão num tempo pré-determinado pelo ritmo de cada criança. Mas, se fosse assim, todos os bebês engatinhariam. Se fosse assim, Natasha e Madina estariam falando e andando.  Na verdade,  se uma criança não for exposta a linguagem até os seis anos de idade, jamais poderá aprender a falar. No caso de Oxana Malaya, só foi possível reverter parcialmente o quadro, porque dos 0 aos 3 anos ela teve contato com seres humanos, o que lhe permitiu desenvolver uma linguagem, ainda que precária.
Como diz Glenn Doman, "o cérebro cresce com o uso, não com o tempo".
E em termos de estímulos, nada pode substituir a  interação da criança com um adulto que se interesse por ela.

Leia aqui  artigo do Daily Mail sobre Madina.
Leia aqui notícia sobre Natasha na Folha de São Paulo.

Um comentário:

  1. Nossa, fiquei chocada com essa reportagem, eu n sabia. Por isso q eu falo q n me interessa se minha filha é ou n superdotada, eu vou dar muitos estímulos, independente do seu grau de aprendizagem.
    Eu sempre falo q mais importante que a genética é o ambiente que a criança vive, aquilo q os pais ensinam. Por isso não acredito que crianças com genes de pais ruins serão ruins, se forem criadas por bons pais e com disciplina por mais q sejem crianças um pouco mais difíceis em termos de personalidade, elas vão refletir sua ações em nossas atitudes e naquilo q ensinarmos a ela.

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